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Camarão    
Camarões marinhos em cultivos alternativos
Criações devem ser iniciadas com métodos tradicionais para depois o produtor avançar para as técnicas mais apuradas que os sistemas exigem
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Breno Fonseca
07/02/2011

A pesquisa começou com o objetivo de reduzir a incidência de doenças no cultivo de camarões marinhos. Assim surgiu a linha de trabalhos para métodos alternativos da carcinicultura há cerca de 30 anos. O sistema chamado heterotrófico modifica as formas convencionais e aumenta a produtividade em até 10 vezes. Por isso, o projeto da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) receberá recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) através da Rede Nacional de Carnicicultura.

O coordenador geral da pesquisa, professor Paulo de Paula Mendes, explica que várias espécies já foram testadas com os métodos alternativos, tanto em água doce quanto salgada. O professor comenta que os resultados da mudança são consideráveis. Enquanto a produtividade em cultivo tradicional gira em torno de 4,5 a 5 toneladas por hectare ao ano, com uma densidade de 40 camarões por metro quadrado, nos esquemas opcionais esses valores variam de 30 a 40 toneladas. Tudo isso porque a relação animal/área é aumentada também. Porém, o professor da UFRPE alerta que os produtores devem ter cuidado com a implantação desse tipo de criação em suas propriedades.

— Depois de 30 anos de experiência, é preciso ainda muita calma. O ideal é que o produtor inicie com a forma convencional e vá montando módulos, para que os trabalhadores aprendam a trabalhar com o modo alternativo. Por exemplo, se faltar energia elétrica por uma hora, talvez atinjamos 80% de mortalidade dos animais. Ou seja, é um sistema frágil, que precisa de precaução. Mesmo assim, tiramos muito proveito das técnicas que surgiram, como a de Bioflocos, que chega a oferecer 50% de proteína. Ao invés de investir só em ração, pode-se reduzir os custos da produção com os flocos bacterianos. E isso é o futuro da carcinicultura, tanto no Brasil quanto no exterior — comenta Paulo Mendes, lembrando que esses flocos são constituídos de microalgas, fezes, exoesqueletos, restos de organismos, bactérias, protozoários e invertebrados.

Com relação à densidade dos crustáceos por área, o professor ressalta que existe um trabalho em conjunto com as larviculturas comerciais visando técnicas que permitam conseguir camarões CPF ou RPF livres ou resistentes a patógenos. Depois de analisadas várias espécies , a que vem sendo utilizada de ponta a ponta no Brasil é a Litopenaeus vannamei, devido ao seu potencial de produção de carne e, especialmente, de resistência às doenças. Conhecido como camarão-cinza, ele chega ao peso de um quilo com um 1kg50 de ração. Nesse sentido, o projeto tem dado especial atenção ao melhoramento de pós-larvas de camarão, em especial no Estado do Rio Grande do Norte e na capital da Paraíba.

— No litoral brasileiro, atualmente, trabalha-se de Norte a Sul com o cultivo dos camarões. Com a Rede, vamos coordenar trabalhos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Piauí e Espírito Santo. O grande desafio é a geração de recursos humanos, com técnicos de nível superior. Ainda precisamos de tempo para chegar aos produtores, visto que temos somente uma fazenda operando em nível empresarial e que tem apresentado excelentes resultados — observa Paulo, finalizando com a informação de que os viveiros convencionais são terra batida, semi-escavados e com áreas de um a cinco hectares, o que não é muito diferente dos alternativos.

Para maiores informações, basta entrar em contato com o Departamento de Pesca e Aquicultura da UFRPE pelo telefone (81) 3320-6507.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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